O transporte de grãos é um dos pilares da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro e, ao mesmo tempo, um dos setores que mais impactam o meio ambiente, como explica o empresário Aldo Vendramin. Diante da crescente demanda por sustentabilidade, produtores e empresas do agro têm buscado alternativas para tornar a logística mais eficiente e menos poluente, o futuro do transporte agrícola passa pela inovação, pela integração de modais e pela adoção de tecnologias limpas que reduzam emissões e desperdícios.
Apresentaremos neste artigo a importância e as mudanças que podem ser feitas para uma inovação do meio dos transportes no agro, mas para o mundo.
O desafio da logística no agronegócio
O Brasil é um dos maiores exportadores de grãos do mundo, mas enfrenta gargalos logísticos que elevam custos e ampliam a pegada de carbono. Boa parte do escoamento da produção ainda depende do transporte rodoviário, responsável por cerca de 60% da movimentação de cargas agrícolas. Esse modelo, embora essencial, gera altos níveis de emissão de gases de efeito estufa e aumenta o desgaste da infraestrutura viária.

O setor também enfrenta limitações na capacidade de armazenagem, com o país conseguindo estocar apenas cerca de 70% da produção, o que força o escoamento em períodos de baixo preço e aumenta o desperdício. A falta de integração entre modais — rodoviário, ferroviário e hidroviário — ainda eleva custos e reduz a eficiência do transporte. Além disso, há problemas como portos sobrecarregados, estradas rurais precárias, custo elevado de frete, burocracia nos processos de exportação e falta de digitalização nas operações logísticas.
Como elucida o senhor Aldo Vendramin, repensar o transporte de grãos é fundamental não apenas para reduzir impactos ambientais, mas também para elevar a competitividade do agro brasileiro no mercado internacional, e superar esses obstáculos exige investimento em tecnologia, conectividade e infraestrutura, transformando a logística do agro em um diferencial competitivo capaz de impulsionar o Brasil a um novo patamar de eficiência e sustentabilidade.
Alternativas sustentáveis e modais integrados
A transição para um transporte mais sustentável envolve diversificar os modais utilizados. O investimento em ferrovias e hidrovias, por exemplo, permite o deslocamento de grandes volumes com menor consumo de combustível e emissões reduzidas. O uso de corredores logísticos verdes, que integram diferentes meios de transporte, tem se mostrado uma solução eficaz para o escoamento de safras. Os corredores verdes combinam infraestrutura eficiente e integração entre modais (rodoviário, ferroviário, hidroviário) com critérios ambientais rigorosos — como menor consumo de combustível, menor emissão de poluentes, uso de tecnologias limpas e maior eficiência energética.
Conforme sugere o empresário Aldo Vendramin, integrar os modais é uma das estratégias mais inteligentes para aumentar a eficiência energética e diminuir o impacto ambiental da cadeia produtiva.
Tecnologia e inovação no transporte agrícola
A adoção de tecnologias digitais também desempenha papel decisivo. Sistemas de rastreabilidade e monitoramento via GPS, softwares de gestão logística e sensores de controle de temperatura e umidade garantem maior segurança e eficiência durante o transporte. Além disso, o uso de biocombustíveis e veículos híbridos vem crescendo, reduzindo as emissões e o consumo de combustíveis fósseis.
Investir em inovação é garantir que o transporte de grãos acompanhe as exigências globais por eficiência e responsabilidade ambiental, como destaca Aldo Vendramin.
Benefícios da mobilidade sustentável no agro
O transporte sustentável gera benefícios diretos para produtores e para o meio ambiente:
- Redução de custos operacionais com combustível e manutenção.
- Melhor aproveitamento da infraestrutura existente, com menor congestionamento e desgaste das rodovias.
- Diminuição das emissões de carbono, atendendo às metas internacionais de sustentabilidade.
- Fortalecimento da imagem do agronegócio brasileiro, associada à inovação e à responsabilidade ambiental.
Conclusão
A sustentabilidade no transporte de grãos não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica. Tal como considera o senhor Aldo Vendramin, eficiência e respeito ao meio ambiente caminham juntos na construção de um agronegócio moderno e competitivo. A adoção de soluções sustentáveis na logística garante produtividade, reduz impactos ambientais e posiciona o Brasil como líder global na produção e no transporte responsável de alimentos.
Autor: Sarah Jones