Milton Seigi Hayashi, cirurgião plástico, ressalta que a reconstrução mamária é muito mais do que uma intervenção estética: trata-se de um símbolo de renascimento, autoestima e superação para mulheres que enfrentaram o câncer de mama. Neste artigo, você vai entender como a reconstrução mamária funciona, quais são as principais técnicas utilizadas, quando o procedimento é indicado e de que forma ele contribui para a recuperação física e emocional das pacientes.
O que é a reconstrução mamária e qual é seu objetivo?
A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo restaurar a forma, o volume e a simetria dos seios após uma mastectomia parcial ou total. Mais do que devolver a aparência anterior, a cirurgia busca oferecer à paciente uma sensação de integridade e normalidade, promovendo bem-estar e confiança durante a recuperação. Essa intervenção pode ser realizada de forma imediata, no mesmo momento da retirada do tumor, ou tardia, meses ou anos após o tratamento oncológico.
A escolha do momento ideal depende de diversos fatores, como o tipo de câncer, o plano de tratamento e a condição clínica da paciente. De acordo com Milton Seigi Hayashi, cada reconstrução é única, pois precisa respeitar as particularidades do corpo e da história de cada mulher. Por isso, o planejamento personalizado é fundamental para garantir resultados naturais e satisfatórios.

Quais são as principais técnicas de reconstrução mamária?
A reconstrução mamária pode ser realizada por diferentes técnicas, e a escolha depende de fatores como o volume de tecido removido, a elasticidade da pele e o desejo da paciente. Entre os métodos mais utilizados, destacam-se:
- Próteses de silicone: utilizadas quando há pele e tecido suficientes para acomodar o implante, proporcionando um resultado natural e simétrico.
- Expansores teciduais: dispositivos temporários colocados para esticar a pele gradualmente, preparando-a para receber a prótese definitiva.
- Retalhos autólogos: técnicas que utilizam tecidos da própria paciente, como o retalho do abdômen (TRAM ou DIEP) ou das costas (latíssimo do dorso), garantindo resultados duradouros e com aparência natural.
- Reconstrução do mamilo e aréola: etapa final do processo, realizada para completar a harmonia estética do resultado.
Segundo Hayashi, a combinação dessas abordagens pode ser indicada para atender às necessidades específicas de cada caso, sempre priorizando a segurança e a satisfação da paciente.
Quando a reconstrução mamária pode ser realizada?
A reconstrução mamária pode ocorrer em dois momentos distintos:
- Reconstrução imediata: realizada no mesmo ato cirúrgico da mastectomia, evita uma nova intervenção e contribui para a recuperação emocional mais rápida.
- Reconstrução tardia: feita após o término dos tratamentos complementares, como quimioterapia ou radioterapia, é indicada quando o estado clínico precisa de estabilidade antes de uma nova cirurgia.
Independentemente do momento, o principal objetivo é devolver à mulher a sensação de integridade corporal e autoestima, permitindo que ela se sinta novamente confortável com sua imagem. Hayashi destaca que, além da avaliação técnica, o preparo psicológico é essencial para o sucesso da cirurgia. O diálogo entre paciente, oncologista e cirurgião plástico garante um plano de tratamento seguro, integrado e humanizado.
Como é o processo de recuperação?
A recuperação da reconstrução mamária varia conforme a técnica empregada, mas, em geral, o período pós-operatório é bem tolerado e os cuidados são simples. O uso de curativos e sutiãs cirúrgicos ajuda na sustentação e cicatrização da região. É fundamental seguir todas as orientações médicas, evitar esforço físico nas primeiras semanas e comparecer às consultas de acompanhamento.
O sucesso da reconstrução mamária depende da experiência e da sensibilidade do cirurgião plástico. É preciso unir técnica e empatia para compreender as necessidades de cada mulher e traduzir em resultados que transmitam segurança e naturalidade. Profissionais experientes, como Milton Seigi Hayashi, valorizam uma abordagem individualizada, considerando não apenas o aspecto estético, mas também o impacto emocional do tratamento.
Autor: Sarah Jones